Colesterol e insulina aumentados podem levar a desequilíbrios hormonais

Vivenciamos uma pandemia de obesidade, nesta década, com a 18,5 % da população feminina no mundo atingindo níveis de obesidade.

A obesidade afeta a fertilidade, podendo levar a irregularidades do ciclo, menores chances de gravidez, mesmo com a fertilização in vitro, maior risco de aborto, de diabetes gestacional e pré eclampsia.

A principal preocupação em relação à obesidade é o distúrbio metabólico associado aos hábitos alimentares, e sedentarismo, entre eles, o aumento da insulina basal.

Um grupo de estudos do Colarado vêem estudando desde 2017 a influência que o aumento do colesterol e da insulina podem ter sobre os hormônios relacionados á ovulação, o FSH, e o LH. Eles realizaram uma pesquisa com 15 mulheres magras, de infusão de insulina em conjunto com colesterol por 6 horas, coletaram exames hormonais a cada 10 minutos, e deram um GnRH (que é o hormônio que libera FSH e LH) após 4 horas da infusão.

Eles puderam comprovar, com este estudo randomizado, uma situação muito frequente na obesidade, tanto masculina quanto feminina, que é a redução de FSH, e LH, conhecida como hipogonadismo hipogonadotrófico.

O grupo em que injetaram soro fisiológico não apresentou a redução destes hormônios. O efeito é imediato.

Você já observou alguma mudança no seu ciclo menstrual quando você ingere mais carboidratos ou gorduras? A minha orientação é ajustar a dieta, reduzindo carboidratos refinados, e gorduras saturadas, isso poderá ser suficiente para melhorar o perfil hormonal, levando a ovulações mais regulares.

Dra. Larissa Matsumoto | CRM-SP 134.981‌

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Bibliografia: Gonadotropin response to insuiln and lipid infusion reproduces the reprometabolic syndrome of obesity in eumenorrheic lean women: a randomized crossover trial, Santoro N, et al. Fertil Steril, aug 2021.

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